Histórico e contextualização do PPG
O Programa de Pós-graduação em Anatomia Patológica (PPGAP), nível mestrado, teve o seu início em 1978 e o doutorado em 2011. As primeiras defesas de dissertação de mestrado ocorreram em 1980, quando Dalila Poli de Carvalho, que foi orientada pelo prof. Domingos De Paola, defendeu a dissertação intitulada “Histopatologia dos Apudomas Pulmonares – Revisão e Crítica de 90 Casos”. Ainda em nesse ano tivemos a defesa de mestrado de José Carlos Oliveira de Morais, que foi orientada pelo prof. Claudio Artur Pimentel de Lemos e intitulava-se “Biópsia de Medula Óssea por Agulha. Análise Crítica de 200 Casos”. Prof. José Carlos, que faleceu em 4 de Julho de 2020, atuou ativamente como coordenador do PPGAP e foi um grande expoente nacional e internacional no campo da hematopatologia. As primeiras teses de doutorado do PPGAP foram defendidas em 2013 e Ana Paula Aguiar Vidal Sieiro, orientada pelo prof. Mario Vaisman, defendeu a tese intitulada Análise Imuno-Histoquímica da Atividade da Via da Adenosina Monofosfato Cinase (AMPK) nos Carcinomas Bem Diferenciados de Linhagem Folicular da Tireóide. Estudo Comparativo Entre o Tecido Neoplásico e o Não Neoplásico. Em seguida, Felipe da Matta Andreioulo, orientado pela profa. Leila Maria Cardão Chimelli defendeu a tese intitulada Prognostic Biomarkers of Pediatric Ependymoma. Desde então, nosso PPG já titulou 134 mestres e 21 doutores.
Consonante com a multidisciplinaridade do conhecimento, o programa é destinado aos profissionais graduados em diferentes áreas. Desta forma, fisioterapeutas, biólogos, biomédicos, médicos de diversas especialidades e outros profissionais de áreas afins compõem o nosso corpo discente. Pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento também compõem nosso corpo docente, contribuindo, assim, para um crescente fluxo de alunos inscritos, principalmente no doutorado, reforçando, por conseguinte, a integração entre a pesquisa experimental e a clínica. Para esta integração que visa primordialmente à patogenia, o diagnóstico e o tratamento das doenças, a nossa área de concentração em Patologia, certamente é a mais adequada para fazer esta interseção. Atualmente o PPGAP conta com linhas e projetos de pesquisa em Patologia Humana, Experimental ou que mescla as duas em trabalhos translacionais.
Com o intuito de atualizar o perfil dos docentes do Programa e visando atender aos objetivos primordiais do curso no tocante à multidisciplinaridade, o quadro de docentes vem se modificando, sendo possível observar a orientação de trabalhos de conclusão por docentes com experiência na pesquisa humana e com experiência em pesquisa experimental. Diversos modelos animais e sistemas de experimentação in vitro foram incorporados, promovendo um aumento expressivo na qualidade dos trabalhos. Outro ponto a ser destacado é o permanente compromisso do PPG com a formação de recursos humanos altamente qualificados para atuação na área da saúde, com ênfase na atendimento pelo SUS. A maioria dos egressos do PPG pertence à área médica e atua em Anatomia Patológica e/ou na docência do ensino superior público e privado, retroalimentando o ciclo virtuoso da capacitação de recursos humanos tanto para a pesquisa quanto para a assistência à sociedade. Também é notável a crescente expansão do PPG na internacionalização, que vem ocorrendo através da atração de estudantes estrangeiros, intercâmbio internacional de nosso alunos de doutorado e participação dos docentes como membros do corpo editorial de periódicos de circulação internacional. A integração com a graduação também vem ocorrendo de forma consistente e o número de alunos de Iniciação Científica e de acadêmicos de medicina que realizam seu doutorado pelo Programa MD/PhD/CAPES tem aumentado consistentemente.
Nosso PPG tem a tradição de receber alunos de diferentes regiões do Brasil, que as regressarem a sua região de origem após a finalização de seus trabalhos, contribuem para o fortalecimento da pesquisa em instituições de regiões onde a Patologia Experimental e Humana ainda não estão completamente consolidadas. Os egressos do curso são docentes em vários cursos de graduação e pós-graduação de diversas áreas, tanto em instituições públicas, quanto privadas, enquanto que outros deram continuidade à pós-graduação e titularam-se doutores, além de serem coordenadores de grupos de pesquisa e de atuarem como profissionais da carreira técnica.
A seguir, exemplos de alguns dos recentes egressos: Osmar Damasceno Ribeiro - docente e pesquisador no centro-oeste de Santa Catarina, na Universidade do Oeste Catarinense (Joaçaba), Ana Helena Pereira Correia Carneiro, Médica do Serviço de Anatomia Patológica do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho e do Hospital da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, Carla Andreia Abreu de Santana – ingressou no doutorado, Katia Nascimento Silva Barros de Oliveira – médica da área pública e privada, Thais Messias Mac Cormick – aluna de Doutorado em nosso Programa, Almir Salgado Maurício – oficial médico do Hospital Central do Exército e médico do Hospital Municipal Salgado Filho, Jose Carlos Pando Esperança – prof. Adjunto da UFRJ, Severino Valentim Dantas Junior – prof. da Universidade Estácio de Sá, Ana Karla Araujo Cavalcanti de Albuquerque – Profa. da UFRN, Isabela Ridolfi Castro – médica da Secretaria de Saúde do Espírito Santo e da área privada, Bruna Souza Felix Bravo – médica da área privada, pública e Profa. em curso de especialização em dermatologia na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, Rodrigo Panno Basilio de Oliveira - docente da UNIRIO e Chefe do Serviço de Anatomia Patológica da mesma Instituição, Juliana Bigi Maya Monteiro – oficial médico da Marinha do Brasil, com atuação no Hospital Naval Marcílio Dias, Ana Paula Aguiar Vidal Sieiro – chefe do Serviço de Anatomia Patológica do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Felipe da Matta Andreiuolo - médico e pesquisador do Centre Hospitalier Sainte Anne - Paris, César de Souza Bastos Junior e Verônica Goulart Moreira – Prof. de Patologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Leonardo Spagnol Abraham – Prof. da Universidade de Brasília e médico, Leonardo Amorim Rizzo – Prof. nas Universidades de Cuiabá e Federal de Mato Grosso, Fernanda Indelli Araujo, médica patologista (citopatologia) Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação, Brasília/DF, Nathalia Rocha Bedran, professora do magistério superior, Simone Rachid de Souza, médica patologista UNIRIO e docente do Departamento de Patologia/UFRJ e Jonathas Xavier Pereira, docente da Universidade Federal de Goias, dentre outros.
Embora até o momento a grande contribuição de nosso PPG no cenário nacional venha ocorrendo na formação de mestres, é notável a consolidação da formação de doutores. Os docentes do Programa entendem que é de fundamental importância que continuemos titulando mestres, pois como é de conhecimento público, um dos entraves na formação e na qualificação de médicos e dos demais profissionais na área da saúde em nosso país é a carência de mestres, de forma a oferecer um ensino de qualidade em nossas Faculdades.
Nosso PPG vem conseguindo captar recursos financeiros para custear a formação de qualidade e a pesquisa de excelência consolidando a expansão de nosso parque tecnológico e “core facilities”. Nosso parque tecnológico conta com equipamentos modernos de biologia molecular e ciências ômicas, propiciando o aprofundamento de perguntas mecanísticas relacionadas à diversas patologias. O Núcleo Avançado de Patologia Molecular do PPGAP tem a missão de impulsionar os trabalhos de dissertação e teses desenvolvidos por nossos alunos apoiando financeiramente e tecnicamente o desenvolvimento dos projetos.
Nossa política de internacionalização tem sido calcada principalmente no estabelecimento de parcerias com grupos internacionais, que participam inclusive da orientação de nossos alunos. Como exemplo, citamos:
• Profa. Ana Maria Blanco Martinez e do prof. Larry Benowitz (Children's Hospital/Harvard University/USA), ambos envolvidos na orientação da aluna de doutorado Camila Goulart Villas Boas cujo projeto é intitulado "Padrão de expressão de moléculas de direcionamento e seus receptores no nervo óptico regenerado de camundongos adultos";
• Prof. Henrique Rocha Mendonça, Università Degli Studi di Firenze, Itália: prof. José Marques de Brito Neto: Institut Nationale de la Santé et de le Recherche Médicale, ISERN, França;
• Profa. Katia Carneiro de Paula e prof. Michael Levin (Tufts Center for Regenerative and Developmental Biology/Tufts University/USA), ambos envolvidos na orientação da aluna de doutorado Nathalia Pentagna Maciello Drumond Pires (bolsista PDSE em 2017);
• Prof. Katia Carneiro de Paula e prof. John Hanover National Institute of Diabetes, Digestive and Kidney Diseases (NIDDK/NIH/USA);
• Profa. Karine Anselme, Laurent Pieuchot, Isabelle Brigoud, Institut de Science des Matériaux de Mulhouse (IS2M), CNRS, França;
• Profa. Patricia Pestana Garcez e prof. Zoltán Molnár (University of Oxford/UK) e profa. Helen Stolp (Royal Veterinary School/UK); Kings College London, KCL, Inglaterra, Lecturer in Neuroscience Education;
• Profa. Leila Maria Cardão Chimelli e prof. Clayton Wiley (Universidade de Pittsburgh/USA), dentre outras;
• Prof. Renato Rozental, prof. Assistente Clínico do Albert Einstein College of Medicine, Bronx, NY, EUA;
• Prof. Ronaldo José Farias Correa do Amaral, Royal College of Surgeons in Ireland (RCSI);
• Profa. Valeria Pereira Ferrer, Instituto de Medicina Molecular de Lisboa e Universidade de Tubingen (Alemanha).
• Profa. Veronica Aran Ponte, presidente da Associação de cientistas Espanhóis no Brasil (Acebra-membro fundador), que é a primeira associação de cientistas espanhóis na América do Sul (associação sem fins lucrativos) sendo associada à Rede de Associações de Investigadores e Cientistas Espanhóis no Estrangeiro (RAICEX).